segunda-feira, 20 de junho de 2011

A morte e eu


            Algumas pessoas acreditam na morte como fim, outras como começo, e outras até como continuação. Eu particularmente vejo a morte como uma das barreiras que a vida nos impõe para ver como saímos diante dela. Ela pode nos causar dor, angústia, tristeza, saudades, mas ninguém sabe ao certo qual é o seu verdadeiro propósito.

            Como Sócrates, vejo a morte como uma evolução espiritual, o livramento de uma corrente que impõe a nós certas limitações e depois de ser liberto, o que não é fácil conseguir, poderemos tirar uma boa lição. É isso que o que fazemos, evoluímos.

            Às vezes imagino o que pode levar uma pessoa a tirar a vida de alguém, ou até mesmo, a sua própria. Tento imaginar uma situação onde a morte fosse uma possível solução. Um doente, por exemplo, que esta em um hospital, sentindo dores horríveis, passando por tratamentos dolorosos. Mas ai penso em coisas que poderiam ser piores, como a dor dos meus pais ao me verem partir, a tristeza dos meus amigos ao saberem que não estou mais aqui, a angústia que sentiria antes de morrer pela minha egoísta decisão de desistir.

            Penso que nessa vida, nós, meros mortais aqui estamos por um motivo maior. Qual? Eu ainda não sei. Talvez seja para o nosso espírito aprender que ele não é o único e assim acaba pensando que ele é o tudo.

            Custo a acreditar que a morte seja mesmo o fim, pois sendo assim, não haveria razão de um começo, se depois não levaremos conosco se quer uma lembrança, um aprendizado dessa vida. Que talvez a vida seja a grande estrela. Mas se antes dela não há nada e depois dela, adivinha? Nada! Por que viver então? Por isso prefiro acreditar que ela seja mais uma fase. Sem duvida a morte é o maior mistério da vida, que jamais será revelado.

            Apesar de ser a única certeza que temos dessa vida, nunca estamos prontos para ela. Vemos a morte todos os dias nos noticiários, mas só podemos ter noção de sua proporção quando vimos e sentimos de perto. A morte é assim, ela vem e desencadeia nas pessoas um turbilhão de emoções.

            Depois da morte não se sabe nada, mas prefiro acreditar que no mínimo ela seja fascinante. A morte, eu não sei como é, porém a vida, a amo tê-la, espero que demore muito para despedir-me dela, apesar da minha curiosidade ser grande. Aqui ainda quero muito aprender e vivenciar momentos. Da morte eu não sei o que espero, mas para ela quero levar uma vida inteira.

Mabel Régila  2º C

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